Defesa aposta no testemunho da modelo Joana Sanz para confirmar a versão de que o jogador estaria embriagado na noite do ocorrido
O segundo dia do julgamento de Daniel Alves, acusado de agressão sexual em Barcelona no fim de dezembro de 2022, será marcado por diversos depoimentos. Entre eles, o de Joana Sanz, esposa do jogador. A defesa de Alves aposta no testemunho da modelo espanhola para confirmar a versão de que ele estava embriagado na noite em que é acusado de estuprar uma mulher na boate Sutton, na Catalunha. Sanz não estava na boate no momento em que Alves teria violentado a vítima. Contudo, a percepção dos advogados é que ela poderia relatar que o brasileiro chegou em casa perturbado na manhã seguinte, embora ela também não estivesse na residência do casal, mas sim nas Ilhas Canárias. A esposa do brasileiro também deve falar sobre o consumo excessivo de álcool por parte do marido. A defesa busca atenuar a pena de Alves alegando embriaguez, mesmo sustentando sua inocência e pleiteando sua absolvição.
Além da esposa de Daniel Alves, também estão previstos outras 21 testemunhas, incluindo funcionários da boate Sutton que trabalhavam na noite do ocorrido, agentes da Polícia da Catalunha responsáveis pela investigação e Bruno Brasil, amigo de Alves que estava com ele na boate e trocou mensagens com uma prima da vítima dias depois do ocorrido. A previsão é que o julgamento dure até a quarta-feira, 7. Porém, não há um prazo definido para a apresentação da sentença final. O Ministério Público local pede nove anos de prisão para o ex-jogador, que está detido há pouco mais de um ano. Já os advogados da vítima solicitam uma pena de 12 anos.
Relembre o caso
Detido há mais de um ano na Espanha, Daniel Alves é acusado de ter abusado e violentado uma jovem de 23 anos em 30 de dezembro de 2022, na boate Sutton, na Catalunha. Inicialmente, o atleta afirmou que não conhecia a mulher. Contudo, imagens das câmeras de segurança da casa noturna mostram Daniel e a denunciante trancados no banheiro por 15 minutos. Resultados de exames de corpo de delito também apontaram a presença do sêmen do jogador nas amostras coletadas da mulher. Em abril, Daniel Alves admitiu que houve penetração na relação, mas afirmou que foi consentida. Em janeiro, contudo, a defesa do jogador mudou de versão pela quinta vez e agora alega que ele estava embriagado na noite que teria abusado sexualmente da jovem, que mantém sua identidade preservada. As contradições apresentadas por Daniel Alves foram decisivas para a ordem de prisão preventiva.