As alegadas "razões médicas" apresentadas inicialmente pela Associação de Futebol de Zâmbia (AFZ) para justificar a exclusão da atacante Barbra Banda da Copa Africana de Nações foram conhecidas nesta quarta-feira.

Confirmando as suspeitas, o presidente da AFZ, Andrew Kamanga, declarou em entrevista à BBC que a jogadora foi cortada por ter sido reprovada em um "exame de gênero" exigido pela Confederação Africana de Futebol (CAF).

- Todas as jogadoras tinha que passar por um exame de gênero, uma exigência da CAF, e infelizmente ela não atendeu aos critérios estabelecidos pela CAF. Infelizmente, nós acabamos tendo de ir para o torneio sem a nossa principal jogadora - declarou o dirigente.

Questionado pela BBC sobre o assunto, o diretor de comunicação da CAF, Lux September, afirmou que não havia "uma decisão do comitê médico da CAF" sobre o assunto.

A resposta irritou o presidente da AFZ, que não aceita sem responsabilizado sozinho pelo corte da principal jogadora da seleção de Zâmbia.

- Todo mundo no país foi levado a acreditar que a AFZ não fez nada e decidiu por sua conta excluir a jogadora. As federações são obrigadas a realizar esses testes e passar os resultados para a CAF, que também faz os seus testes se achar necessário. Então, não é justo dizer que a CAF não é parte da situação - declarou.

Sem a centroavante, Zâmbia estreou na Copa Africana Feminina com um empate em 0 a 0 com Camarões, no último domingo. A seleção volta a campo nesta quarta-feira, pela segunda rodada do Grupo B, para enfrentar a Tunísia, em Casablanca.