Na edição de 2022, a Copa masculina teve premiação três vezes superior ao torneio feminino deste ano
Nesta quinta-feira (16), o presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou, em seguida, a conquista da reeleição no cargo, uma medida essencial para a igualdade no futebol. De acordo com ele, a medida visa entregar, às mulheres e aos homens, os mesmos valores pela participação nas edições seguintes da Copas do Mundo - masculina (2026) e feminina (2027.
O cenário atual retrata uma diferença grande na quantia embolsada pelas duas categorias. Na parte feminina, o torneio deste ano distribuirá cerca de US$ 152 milhões entre prêmios e verba de preparação às 32 seleções que vão disputar a competição, entre julho e agosto na Nova Zelândia e na Austrália.
Essa quantia corresponde a quase três vezes inferior aos US$ 440 milhões da Copa do Mundo masculina, realizada no Qatar em 2022. Em comunicado oficial no evento, realizado no Congresso da entidade em Kigali, Ruanda, Infantino cobrou maior ação dos parceiros comerciais da entidade, sobretudo os patrocinadores e compradores de direitos de transmissão.
“As empresas oferecem um valor para a Copa do Mundo e outro, 100 vezes menor, para a Copa de mulheres. Isso é normal? Ao mesmo tempo, somos criticados por pagar menos para as mulheres. Se as ofertas fossem 15% menores, 20% menores, a Fifa conseguiria compensar. Mas 100 vezes menos?”, indagou.
Dessa forma, o gestor da Fifa anunciou a formação de um departamento comercial, assim como marketing dedicado ao futebol feminino. “Elas merecem mais, e nós vamos lutar por elas. Estamos confiantes de que vamos conseguir”, mencionou Gianni Infantino.