Em Assembleia Geral Extraordinária nesta terça-feira, com representantes da maioria das 27 federações estaduais de futebol, a CBF aprovou a venda de um avião, um helicóptero, um carro de luxo e um imóvel que pertencem à confederação.

A venda desses ativos, por unanimidade de votos na reunião desta terça na sede da entidade na Barra da Tijuca, foi promessa de campanha de Ednaldo Rodrigues, eleito em 23 de março presidente da CBF por um período de quatro anos. Ele foi candidato único na eleição. O dirigente diz que pretende usar o valor arrecadado para investir em estrutura para o futebol no país.

- Esses valores ficam entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões e queremos reverter em melhorias no futebol de base, no futebol feminino, em estádios, em fomento ao futebol - disse Ednaldo Rodrigues.

O avião é um Cessna 680 Citation Sovereign (prefixo PP-AAD) ano 2009, com capacidade para nove passageiros - avaliação pedida pela CBF constatou custo de R$ 9,8 milhões anuais. No ano passado, o então presidente Rogério Caboclo chegou a encontrar um comprador disposto a pagar US$ 6,5 milhões pela aeronave. O negócio não chegou a ser concluído.

O modelo do helicóptero é um Augusta A109S, ano 2010, de quatro lugares, avaliado em US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) em sites especializados. O helicóptero teria custo de R$ 2,5 milhões anuais.

A CBF também quer se livrar um carro Mercedes-Benz E 500, blindado, ano 2009. De acordo com a tabela Fipe, o automóvel vale R$ 162 mil. Além disso, a entidade pretende vender duas salas comerciais num prédio no centro do Rio de Janeiro. De acordo com a CBF, o veículo tinha necessidade de reforma mecânica de mais de R$ 40 mil.

- Além dos custos com avião e helicóptero, porque existe manutenção, pilotos, serviços aeroportuários, combustível, gestão, essas despesas perfazem valores de mais de R$ 12 milhões ao ano. Dá 60 milhões em cinco anos. São valores bem expressivos - disse Gilnei Botrel, diretor financeiro da CBF.

O diretor da CBF também informou que o valor contábil do avião é de R$ 51.3 milhões, do helicóptero R$ 12.879 milhões, as salas são avaliadas R$ 164 mil e o carro em R$ 391 mil.

Mais do que o valor arrecadado com as vendas, o presidente da CBF espera economizar R$ 13 milhões anuais – valor que era gasto com a manutenção do avião e do helicóptero.