Jéssica Ellen mostrou no palco do Domingão que, além de dominar a atuação, também dá um show como cantora. A atriz foi convidada para homenagear Clara Nunes no Ding Dong, e também soltou a voz na música "Macumbeira", que faz parte do seu segundo CD, lançado em janeiro deste ano. Cantando pela primeira vez no programa, ela falou como foi fazer um tributo para uma das maiores intérpretes da música brasileira.

"Sugeri o nome da Clara porque é uma artista que tem um repertório parecido com o que eu gosto de cantar. Ela cantou muitas músicas brasileiras, muito samba e muitas músicas dos terreiros. Sugeri o nome dela e, quando fomos organizar, descobrimos que na sexta-feira, dia 2, fazia 39 anos da morte da Clara Nunes, então fiquei muito feliz e emocionada de cantar essa música em homenagem a ela."

"No domingo de Páscoa, recebi tantas mensagens de pessoas se sentindo representadas, embora a Páscoa seja uma comemoração católica, por conta do sincretismo, algumas pessoas acabam comemorando, mas fazendo dentro da sua linguagem. As pessoas ficaram emocionadas, então foi um momento bonito de viver e receber esse retorno do público."

Jéssica se divide entre a música e a atuação. Ela contou que não consegue escolher qual profissão toca mais o seu coração, prefere se definir como uma artista de várias facetas que gosta de estar sempre em desenvolvimento. Ela lançou seu primeiro CD em 2018 e, pouco mais de dois anos depois, gravou o segundo. "A música tem um espaço especial pra mim como cantora e ouvinte. Realmente acredito que a música e uma entidade à parte. De todas as artes, é a que mais toca diretamente, coloca o play e já está ouvindo, chega muito rápido. Como cantora, gosto de cantar o que me emociona. Gosto de cantar músicas de terreiro porque são músicas que ouço no dia a dia."

Sobre compor músicas, ela explicou que ainda é um lado que precisa explorar mais.

"Sou mais intérprete do que compositora. Tenho poucas canções minhas. Arranho algumas, faço algumas parcerias, mas é um lado que ainda tenho que explorar um pouco mais, está mais tímido", confessou.

Na música, Jéssica tem uma grande inspiração: Beyoncé. Para ela, a cantora é exemplo de uma artista inquieta que sempre está em desenvolvimento, traz coisas novas e levanta bandeiras importantes.

"Ela é a minha maior referência em tudo. Ela tem uma postura muito bonita com as músicas que ela canta, o propósito que ela apresenta para o público. Ela nunca só lança uma música, ela lança uma música com uma letra que tem uma mensagem por trás, com um arranjo incrível, pensado visualmente. Ela é um grande conjunto, um combo de potencias, além do conceito do trabalho, ainda tem ela em cena que tem uma presença você não consegue piscar. Ela é uma artista múltipla que é algo que me identifico e quero investir. Quando a gente investe em tudo que é arte e potência, volta pra gente. Espero explorar esse meu lado multifacetado, gosto dessa pluralidade, não quero me limitar", disse.

Camila, de Amor de Mãe

Na TV, Jéssica vive seu primeiro grande papel na dramaturgia. A atriz interpreta Camila, em Amor de Mãe, filha de Lurdes, personagem de Regina Casé, e nora de Thelma, papel de Adriana Esteves. Ela falou que ficou receosa no começo da novela por estar ao lado de artistas tão consagrados e no horário nobre, mas relaxou ao longo das gravações.

"A Camila é uma personagem muito especial, a Camila foi um presente porque a sensação que tenho é que ela amadureceu muito meu trabalho. Comecei no início da novela muito assustada com o horário nobre, já tinha feito algumas novelas, mas personagens menores. Estava estreando em horário nobre com um personagem grande. Estou muito grata por toda a repercussão positiva e com o reconhecimento do público, é um momento especial pra mim."

Uma das inspirações de Jéssica como atriz é a colega de trabalho: Adriana Esteves. "A Adriana tem sido a maior referência no momento por ter a oportunidade de ter trabalhado muito com ela na novela. Além de ser excelente no que faz, ela é uma parceira de cena muito generosa. Ela sempre entra no estúdio falando 'vamos se jogar' e acho isso muito bonito, é um jeito de bater uma bola para que a cena saia bem", elogiou.