Um bebê de 1 ano está há 12 dias internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Gpaci, em Sorocaba (SP), depois de ter engasgado com um bago de uva. A mãe da criança contou hoje que o caso é muito grave e que os médicos dizem que, mesmo que o cérebro do bebê suporte e o quadro melhore, ele pode ficar com sequelas graves.

A operadora de caixa Ana Gabrieli de Souza, de 22 anos, estava no trabalho, no dia 10 de outubro, quando recebeu um telefonema avisando que o filho, Gabriel Magalhães de Souza, tinha engasgado com um bago de uva.

"Quem deu a uva foi o meu marido. Ele estava na casa do pai dele e deu para o bebê, daí se distraiu e o bebê engoliu. Eu estava no meu serviço. Aí me ligaram para avisar e eu passei mal, não conseguia nem andar. As meninas do meu trabalho que me ajudaram a entrar no carro para eu ir até lá", lembrou a jovem.

O bebê foi levado para o Pronto Atendimento da zona norte de Sorocaba e teve uma parada cardíaca quando chegou ao local. "Eles [os médicos] reanimaram ele. Depois de 2 horas, ele foi encaminhado para o Gpaci e, quando chegou aqui, teve várias convulsões. Daí teve que tomar remédios fortes para o cérebro porque com a parada [cardíaca] faltou oxigênio no cérebro", disse Gabrieli.

Segundo a jovem, neste período na UTI, foram feitos dois exames para avaliar o cérebro do bebê. No primeiro, foi constatado que não havia atividade cerebral. Já o segundo apontou que havia fluxo sanguíneo no cérebro. "Eu estou desesperada porque é muito grave. Ele está em coma com ajuda de aparelhos e está sem reação nenhuma", desabafou.

1° aniversário foi na UTI

Não bastasse a tristeza pelo ocorrido, a mãe do bebê conta que estava tudo pronto para a festa de aniversário do 1° ano de Gabriel, mas que acabou sendo completado ontem, com ele na UTI.

"Está bem difícil para a família. Todo mundo só chora também. Está muito complicado para todos nós. Os médicos falam que é muito grave e que a situação é delicada. Já nos desenganaram uma vez, mas, para Deus, nada é impossível. E, enquanto tem vida, há esperança para lutar", concluiu Gabrieli.