O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou hoje a assinatura do contrato do governo estadual com o laboratório chinês Sinovac para o fornecimento do primeiro lote da CoronaVac, vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com os chineses. Segundo o acordo firmado, São Paulo receberá 46 milhões de doses até dezembro.

"Vamos assinar aqui o contrato de fornecimento dessas 46 milhões de doses da vacina e também a transferência dessa tecnologia do Sinovac para o Instituto Butantan, que muito em breve estará produzindo a vacina aqui na nova fábrica da vacina do Butantan", disse Doria pouco antes da assinatura. Das 46 milhões de doses, 6 milhões virão da China prontas e as outras 40 milhões serão produzidas em São Paulo pelo Butantan

O contrato foi assinado durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Além de Doria, o diretor do Butantan Dimas Covas e Weining Meng, vice-presidente mundial do Sinovac, também assinaram o documento. O momento foi considerado como "histórico" pelo governador paulista.

"O contrato garante o fornecimento das 46 milhões de doses agora para dezembro e mais 14 milhões de doses até fevereiro de 2021, totalizando assim 60 milhões de doses contra a covid-19", completou o governador.

Já o representante do Sinovac afirmou que a intenção do laboratório chinês é que a vacina produzida em parceria com o Butantan traga de volta a normalidade não só à população de São Paulo, que está em quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus desde março, mas também para demais estados brasileiros.


"Trabalhando junto com o Butantan nosso alvo é simples: trazer vacinas suficientes ao Brasil. Uma vacina acessível para beneficiar todo mundo no país. Esperamos no futuro, junto com a nossa vacina há outras contribuições, permitir que as pessoas voltem à vida normal, tirem as máscaras e tenham uma vida mais feliz", disse Meng.

A CoronaVac ainda não tem um acordo fechado para fornecimento do imunizante pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas o governo paulista acredita na concretização das negociações junto ao Ministério da Saúde.