♪ “Quando eu não tinha talheres / Eu soube comer com a mão / O céu era o nosso teto / A lua tocava o chão / ... / Do mundo fiz meu colchão / ... / Sei que depois do fim / Tem uma outra estação / De não em não, faremos sim”, entreveem Wado e Zeca Baleiro ao fim dos três minutos do samba Depois do fim.
Quarto single do 12º álbum de Wado, A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa, programado para ser lançado em 2 de outubro pelo selo Lab 344, o samba Depois do fim chega ao mercado fonográfico digital na sexta-feira, 4 de setembro.
Da safra autoral do álbum A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa, o samba Depois do fim é a única música composta e gravada durante a pandemia do covid-19. Escrita com inspiração nesse momento delicado da história da humanidade, a letra vislumbra um mundo pós-pandemia.
Cantor e compositor catarinense residente em Maceió (AL), Wado fez o samba em parceria com Zeca Baleiro. A produção da faixa também foi dividida com o artista maranhense.
Por sugestão de Baleiro, a gravação do samba foi feita com a adesão de Patricia Ahmaral, cantora mineira cujo primeiro álbum, Ah! (1999), foi produzido por Baleiro. No samba, Ahmaral faz vocais que evocam a arte do canto lírico.
Anunciado em maio com o single Fica comigo (gravado em dueto com a cantora Flora), ao qual se seguiram os singles Nina (parceria de Wado com Lucas Santtana) e Arcos (faixa com Felipe De Vas e Yo Soy Toño), o álbum A beleza que deriva do mundo, mas a ele escapa tem participações de Alexandre Kassin, Cris Braun, Otto e Zé Manoel.
Embora majoritariamente inédito, o repertório do disco inclui regravações de Nanã (música de Wado e Momo, lançada pelo parceiro em 2017 no álbum Voá) e Para Anthony Bourdain (parceria de Wado e Zé Vito, apresentada em 2018 por Vito no álbum Além mar ).